A 6ª temporada de #AmericanHorrorStory já começou diferente antes mesmo de estrear. Ninguém soube antes qual seria o tema da temporada e, claro, as expectativas foram enormes. Já no primeiro episódio dá pra sentir que a proposta é bem diferente das temporadas anteriores. Se tratava de um daqueles programas bregas que passa na TV a cabo onde as pessoas reais dão depoimentos sobre algum acontecimento maluco enquanto atores encenam com atuações bem duvidosas. Ao longo dos episódios vamos nos perguntando se vai ser só aquilo mesmo, afinal, de novidade, só tinha o formato. Casal que se muda pra uma casa amaldiçoada, "moradores" antigos que morreram ali e perturbam os novos, acontecimentos bizarros, etc., tudo isso já tínhamos visto. Só que aí vem o episódio 5 e 6.
#AHS deixou de ser a série que estávamos acostumados a ver e virou esse programa brega que falei, o "My Roanoke Nightmare". Ele tem começo, meio e fim até o 5º episódio. O 6º episódio é uma grande reviravolta que dá um gás enorme na temporada. O "My Roanoke Nightmare" foi um grande sucesso e um reality show seria produzido como a 2ª temporada onde as pessoas reais voltariam ao local dos acontecimentos bizarros juntos com os atores que os interpretaram. Genial. A partir daqui, com muitas referências aos bastidores de uma produção audiovisual, a temporada não só assusta como diverte. É uma mistura de #UnREAL com #BruxaDeBlair. E que mistura!
Nessa enorme metalinguagem, alguns nomes do elenco puderam se esbaldar e brincar a vontade, com destaque para Sarah Paulson e Kathy Bates, a primeira fazendo 3 personagens e a segunda 2 (ou seria um?). Adina Porter foi o grande destaque da temporada, Angela Bassett teve bons momentos e mesmo em pequena participação, Denis O'Hare e Leslie Jordan mandaram muito bem. Fazendo jus ao "horror" do título, essa temporada foi uma das mais chocantes e nojentas da série e o modo como a idéia do programa de dramatização, do reality, e de todos os programas de TV mostrados foram colocadas em prática foi simplesmente brilhante. As câmeras de celulares, as GoPros e as câmeras do reality se tornaram um personagem e deram um brilho a mais nessa temporada. Ponto para os diretores que mostraram ter total domínio da linguagem de cada um desses programas e souberam reproduzí-los maravilhosamente bem. Que venha a 7ª!