#SoulFilme é muito mais maduro e interessante que muitos live-actions

 

Em um dos episódios finais de #SexAndTheCity, em uma briga entre Carrie e Miranda, a segunda diz "Você não pode ir para Paris. Você ama Nova York, seus amigos estão aqui, sua coluna é sobre essa cidade, é quem você é!" no que Carrie responde "Não é quem eu sou, é o que eu faço". Eu, com meus vinte e poucos anos fiquei do lado da Miranda. Desde pequeno nos perguntam "o que você quer ser quando crescer", e essa pergunta raramente vem com o interesse de saber o que se passa na cabeça da criança, é sobre status, ser "bem sucedido", ter reconhecimento (algo que, por si só, já é bem amplo). Todas essas questões e várias outras são abordadas no belíssimo filme #SoulFilme da dobradinha que dificilmente erra Pixar+Disney e já está disponível no Disney+. 

Afinal, qual o propósito da vida? Se você é sortudo pode já ter vivido alguma coisa que queria muito e de repente bate aquela sensação de "então é isso?". Não que não ter objetivos na vida seja uma completa loucura, pelo contrário, e acredito que o que filme tenta dizer é exatamente isso, mesmo com objetivos, devemos aproveitar os pequenos momentos. Eu sei, falar é facílimo mas e se começarmos a tentar praticar? Com o tempo nossa cabeça muda e começamos a pensar sobre isso. Já disse aqui no blog e volto a repetir: acredito que "felicidade" não é um estado constante, são momentos, memórias e o #SoulFilme mostra isso de maneira brilhante. Um ponto interessante de comentar são as almas perdidas retratadas no filme, "algumas pessoas não conseguem se livrar de suas ansiedades e obsessões e ficam perdidas, desconectadas da vida". Tão real e tão triste. 

#SoulFilme além de propor inúmeras reflexões, subtextos e te deixar com ele na cabeça por dias é acima de tudo uma animação. Tem piadas, personagens fofinhos, tiradas espertas e pode agradar pessoas de qualquer idade.. Uma coisa que me chamou muito a atenção foi a qualidade técnica da animação. Sim. com o passar dos anos elas só melhoram, mas #SoulOFilme teve algo especial. As cenas nas multidões, envolvendo muitos "figurantes" eram de uma realidade incrível, aliás, em alguns momentos pensei que estava pensando ver algo realmente filmado e não criado digitalmente. Outro momento que me encheu os olhos foi a apresentação da personagem Dorothea tocando um sax. Podíamos ver seu poros, seus pelos arrepiados. Realmente impressionante. Por fim mas não por último, também fiquei muito admirado com o trabalho de fotografia que soube ambientar cada cenário com uma luz que falava muito sobre o estado de cada personagem em casa situação.

#SoulOFilme é um daqueles filmes de bolso como #Divertidamente e se não viu, corre pra ver pq a escolha é certeira e garanto: vai te agradar.